sexta-feira, julho 07, 2006

Solidão



Persigo a noite brilhante e suave,
Nela sinto-me como uma livre ave.
Apenas lá encontro a alma,
Apenas lá se acende a minha chama.

Fecha os teus olhos, Sente…
A solidão que te abraça,
Que te faz sentir uma criança
E que faz cantar a tua mente.

Sente o brilho eterno,
Suave, louco, fraterno.
Sentes ela a amar-te?
Sentes ela a levar-te?

Não sei o que vai acontecer,
Quando, ou como, vou parecer.
Sei apenas que desejo
E luto pelo teu beijo.

Miguel Nobre

terça-feira, julho 04, 2006

Acorda....




Acorda os sonhos da tua alma
Perde-te nesta jornada calma.
Escolhe ser diferente nesta farsa,
Não aprendas esta dança.

Mendigos e crianças choram,
E os anjos da terra cantam…
Impõem-nos a “verdade” e a liberdade
Que não é mais que a vaidade.

Deixem passar, abram caminho…
Ali vai o sonho
Do homem perdido
Que não é mais que um palhaço falhado.

Homens de preto espalham o mistério
Sem escrúpulos. Espalham a verdade
Sem o rosto da sinceridade.
Nos seus rostos, o riso frio…

Acorda, estamos numa jaula.



Miguel Nobre

sábado, julho 01, 2006

O teu brilho




Querido sorriso que tu esboças...
A alegria com que me abraças
A paz que em ti sobrevive
O olhar quente que me envolve.


A luz que em ti se faz sentir
Que nunca deixou de existir,
Que sempre me irá acompanhar...
Nunca deixas-te de sonhar.


O deleite com que amanhecias
O encantamento com que anoiteceste
A ternura que deixaste...
A dor nas minhas almas.


És a fada dos meus sonhos
A tristeza dos meus olhos,
Para sempre viverás
No meu coração sempre habitarás.


Miguel Nobre