quarta-feira, agosto 31, 2005

Um estranho

Quando tu és um estranho
Mesmo no teu sonho,
Quando ninguém te ama
Nem à tua alma,
Quando a luz se torna escura
E a vida sem censura,
Quando o mar é cinzento
E as lembranças desaparecem no vento,
Quando te esqueces de viver
E nem o sol consegues ver...

Estás a sofrer!

Quando tu não és um estranho
E alguém alegra o teu sonho,
Quando alguém te ama
E faz sorrir a tua alma,
Quando a luz é brilhante
E a vida deslumbrante,
Quando o mar é azul e sereno
E as lembranças belas com um som ameno,
Quando não te esqueces de viver
E consegues ver...

Estás a viver!

Miguel Nobre

Longos Dias

Longos dias cheios de pensamentos
Longos dias sem cor, cheios de Pavor
Onde a vida já não tem sabor.
Chora lágrimas de tormentos.

Porventura tereis vencido?
Porventura terei perdido?
Aquela que, noutro tempo, me fez cantar
Hoje… Hoje faz-me saltar

Essa ponte que ninguém deseja atravessar,
Essa ponte que me traz o fim
Da dor que jorra sobre mim.
Só eu a quero abraçar.

Se nesta ponte eu caminhar
Nunca mais te verei,
Mas no meu coração guardarei
A arte de saber sonhar.

E lá, onde não sei, lá
Nunca te esquecerei.
E lá, onde não sei, lá
Para sempre te amarei.

Miguel Nobre

Ano: 1995

terça-feira, agosto 30, 2005

Alteração do nome do blog

Decidi alterar o nome do blog para " Alma Escondida " porque é assim que me sinto desde que começei a escrever.

segunda-feira, agosto 29, 2005

Tenho...

Tenho de perecer…
Toda a gente irá lograr,
Deixarão de chorar.
Este é o meu parecer.

A minha alma está corrompida,
Viciada, seduzida
Por um amor sem fundamento.
Desapareceu como areia ao vento.

Já não consigo ver…
Sinto-me ausente
Sem essa virtual pretendente.
Sou um cego que vê sem perceber.

Miguel Nobre

PS. Este foi um dos meus primeiros poemas, deve ter uns 12 anos.

Ela

A rainha do meu coração
Deixou-me,
Abandonou-me.
Sem razão
Eu julguei-a culpada
Apenas porque sem ela
Não sou nada.

Miguel Nobre
em 1994

quinta-feira, agosto 25, 2005

Poesia

Poesia
É um mar de luz
Que nunca reluz.
Poesia, é sabedoria.

Poesia
É uma dor que nunca se alcança
É um mundo de esperança.
Poesia, é fantasia.

Poesia
É abraçar a noite
Chorando pelo dia.
Poesia, é fugir desesperadamente

Para um mundo por nós construído
E por nós destruído.
Poesia…
È e não é alegria.



Miguel Nobre

Image Hosted by UploadEngine.com

Bons dias

Que o brilho da noite perdure pelo dia.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Saudade

Saudade, saudade
Que me roubas a liberdade
Que espantas meu olhar
Que me delicias ao sonhar.

A tua cara, o teu sorriso…
O meu olhar perdido
Nessa estrada que percorres sem mim
Sem fim…

Saudade, saudade
Que me contas a verdade
Que moras na minha mente
Desejo perder-te ansiosamente.

Perder-te saudade
Mas encontrar a liberdade,
Mas continuar a ter-te
E a amar-te.

Saudade querida
E sentida,
Fazes-me sobrevoar,
Nos teus olhos, debaixo do luar.


Miguel Nobre

sexta-feira, agosto 05, 2005

Um dia

Alguém te há-de encontrar
Para te amar, odiar ou talvez para matar
Essa tua sede de desaparecer.
Há solução para deixar de sofrer.

A vida magoa muito mais
Deixa sinais...
De sofrimento e dor
Daqueles que morrem por amor,
Daqueles que vêm a fuga a fugir
Que só lhes resta partir.

Ninguém é perfeito
Mas a vida é um defeito,
Nunca foi feita de amor
Cem mil anos de dor.

Ensanguentada com o seu sangue
Afogada nas suas lágrimas irá morrer.
Só lhe resta acreditar
Que a sua hora está a chegar.

A mim... só me resta esperar,
A minha vez há-de chegar.
Vou deixar de sofrer
Vou-te conhecer.

terça-feira, agosto 02, 2005

Utopia

Olho o cantar do vento lá fora
Imergindo dentro da aurora,
Encontro o seu pernoitar impassível
À espera do impossível.

Sinto a luz a afastar-se de mim
Sinto uma noite sem fim...
Neste mundo sem alma
Em ti floresce a chama.

Essa chama que me deu vida e alacridade
Que aos Deuses me fez pedir Humanidade...
Por ti continuarei acampado neste mundo
À espera de um amor profundo.

Por ti continuo a repousar nas estrelas
A sonhar que um dia brilharei como elas,
O meu sonho é uma simples utopia
Que me faz viver cada dia.



Miguel Nobre

Vagabundo

Olhando para o mar
Lento,
Subtil,
Triste,
Esbranquiçado pela sua espuma
Percebi que a salvação já não tem lugar.

Com o brilho do sol
A bater em seu corpo...
Todos os homens esperam impacientemente
Que o homem caia do farol.

Apenas um vagabundo vagueava pela arena
Sem preocupações,
Sem medo de morrer.
Tudo o que tinha para sofrer
Já sofreu.
Viver de nada lhe valeu.


Miguel Nobre

Saudade

Quem és? Já não te conheço…
Olho para ti e estremeço
Com medo que não me ames,
Com medo que não me abraces.

Estás tão longe… Longe de mim.
Não vejo o sorriso em teu olhar
Não sinto o teu cheiro a jasmim
Já nem consigo sonhar.

No nosso olhar havia alegria,
Amor, saudade, simpatia…
Havia um sonho jamais esquecido
Um amor fortalecido…

Havia paixão, havia amor,
Havia o sonho da felicidade…
Agora apenas sinto a dor
O medo e a saudade.

Miguel Nobre

02-08-2005

00:21

segunda-feira, agosto 01, 2005

A partir deste momento colocarei apenas novos posts, até aqui estão os que já estavam em Poesias e Pensamentos